Virou tradição observar com perplexidade inerte ao quadro de violência das balas “perdidas” que encontram corpos periféricos. A falta de cuidado com o cidadão as margens de mais palafitas em chamas. Os carreiristas estão preocupados com o próprio conforto, nada, além disso. Enquanto os cachorros ladrem a caravana passa, o tempo maltrata e tá lá mais um corpo estendido no chão, no lixão e mais um boiando dentro de carro em um túnel alagado.
Condição climática acabando com tudo justamente na hora de mais promessas e assistencialismo barato, de quebra, discriminação ambiental batendo forte e escorrendo no morro. Mais corpos na lama de quem tem sujeira, dinheiro e sangue nas mãos. O que se tem de bom é negado por lideranças ou simplesmente fingem que estão fazendo algo. Uma cidade cheia de conchavos políticos que já faz parte de uma tradição. Quanto mais mancomunação melhor é o escrotismo sincronizado. A cidade da fome, da lama e do caos.
Toda sujeira é refletida na poesia cantada na voz da artista Maya, que laçou ano passado o single de estreia (Papametralha). É aqui que jogamos os escombros do caos, e observamos calados surgir nas margens das pontes recifenses e calçadas de igrejas tradicionais no centro da cidade mais um abrigo dos que vivem as margens.
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