Quando criança escutava os programas ao vivo que misturavam entrevista e música, do estúdio da Rádio Transamérica, direto do Rio de Janeiro, acho eu. Escutei grandes nomes da música brasileira. Lembro bem de ter escutado Marcelo Nova e Raul Seixas, Engenheiros do Hawai, e Legião Urbana. Isso era final dos anos 80 e Início dos anos 90 lembro bem até 89 a 95,96, por aí. O Sucesso era grande e nós meninos pré-adolescentes fazíamos o encontro na frente de nossas casas para escutar e gravar com fita magnética (FITA K7), as apresentações.
Era muito arretado escutar a galera que não tínhamos a idade para ir a show, por exemplo, como os aqui já citados. Também lembro que aqui na Capital em Recife, algumas rádios faziam ao vivo com grupos locais. O Rádio sempre fez aquecer meu coração e os ao vivo com bandas então, me encantavam, acesso para todos sempre foi e será fundamental. Depois isso acabou e hoje, acho que não tem nada parecido em rádios comerciais.
Lembro bem o programa de Roger de Renor na Rádio Cidade, putz que foda. Era o que nos atualizava no interior e região metropolitana sobre o que estava rolando em Recife, Olinda e outras regiões do nosso país Pernambuco. Que para completar o programa o Som da SOPA tinha uma versão na TV Cultura, eu sonhava e vivia aqueles momentos da música Pernambucana. Quando finalzinho de 2001 e começo de 2002 estreamos um programa de Rádio que inicialmente fiz junto com parceiro dividindo o microfone, Diógenes Costa era uma espécie de produtor que deu nome e logo tipo ao programa de rádio de poste, Nação Cultural.
Eu me espelhei sempre, no que faço e na forma que executo, claro que do meu jeito, mas esse cara representa para mim até hoje, embora não esteja em rádio, a representação do nosso quintal. Da frase; Canta a tua aldeia que serás universal. Eu vejo Recife e demais regiões como a extensão da casa desse comunicador, o seu próprio quintal.
No final de 2002 eu estudava em Recife Capital e não lembro como, mas entrei em contato com Roger de Renor, assim, simples, consegui o telefone e liguei na cara de pau solicitando uma entrevista. Afinal de contas eu tinha um programa no Cabo de Santo gostinho que era uma cópia mal feita do que ele fazia com grandeza.
E sim, companheiros o cara me atendeu em meio à correria do seu dia, de forma simples e simpática com a grandeza e simplicidade que só os melhores têm. Com um Mini Gravador AIWA de fita K7 e uma, claro, minifita fiz minhas primeiras perguntas para Roger que além da entrevista dividiu o almoço comigo e ainda acompanhei uma tarde inteira de gravação do Som da SOPA, infelizmente a foto que tirei “queimou” e fiquei sem o registro do dia maravilhoso que foi o empurrão para tudo que executo em meus projetos.
Essa semana foi o aniversário do Grande Roger de Renor que teve, tem e terá sempre um papel importante na música Pernambucana, periférica e uma grande influencia para caras como eu. E para comemorar e tentar homenageia essa figura vou disponibilizar a entrevista de 2002 com perguntas simples e respondidas de coração. A entrevista vem junto com uma playlist da forma que apresentei na rádio Juventude na época, que já tem quase 19 anos.
Obrigado Roger e parabéns!
Imagem: Alê Neres
Programa extra; Programa Radiofônico Nação Cultural _ Entrevista Roger de Renor
Produção: QuintalCast.
Programa Originalmente exibido em 2007, gravação executada em minifita K7 em 2002, com Roger de Renor no Bairro de Casa Amarela, Recife Pernambuco.
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