Seu Pereira e Coletivo 401 se apresentou no Estúdio Showlivre com participação da musicista e instrumentista - Aline Lessa. 19 de abril de 2018.
Talvez eu não seja uma boa influencia, mas nunca deixaria de recomendar as boas novas, as velhas “boas novas” até por que eu tenho “Um nome a zelar” e tudo sem pressa com cuidado e maior respeito em relação a qualquer forma autoral de apresentar uma arte, uma expressão tipicamente nordestina, com todas suas influencias mundiais que de uma forma ou de outra é puro reflexo de uma raiz africana, seja qual for a pancada, sacou cabra!?
Ultimamente tenho me debruçado em filmes antigos e músicas de décadas passadas, antes até mesmo da minha meninice. A regra é ver coisas que nunca assistir ou que nunca ouvir, por vários motivos, oportunidade, acesso, preguiça, pré-conceito e graças a deus as coisas mudam, as pessoas acordam de uma inercia cultural e eu não sou diferente de ninguém com os mesmos problemas de um país de terceiro mundo que já despontou, mas com as consequências da forma de fazer política e a demência de quem ainda e não se importa com ela, viramos Gotham City da pátria de bananas com meu coração fazendo chica chica boom.
Hoje somos a nação ridicularizada, temos nosso próprio Coringa no poder. E o que mudará esse jogo é voltar a enxergar a lindeza de nossos heróis que é materializada em nossa história, nossa arte, cultura, regionalidade, o nosso povo indígena e, é desse povo que levantará um índio forte e belo, um verdadeiro Tupã! E se não for eu cegue! Por isso a importância de se revisitar, enxergar a beleza ao redor e entender quem somos e para onde queremos ir.
Nesse autoconhecimento, nem fui muito longe, e comecei pelos irmãos e de forma contemporânea, mais uma vez atrasado subo no Coletivo 401, rumo ao futuro e além.
Jampa terra de grandes heróis, e aqui deixo meu salve para eles que são muitos, pessoas que mudaram a forma do nosso país e não duvide disso, ou negarei até sua existência. E que isso fique bem claro. Bom, e nesse coletivo embarquei rumo ao conhecimento, entre uma conversa e outra com passageiros, escuto no serviço de som, Seu Pereira, pense que encontrei de tudo em músicas cheia de histórias, sentimentos e principalmente conhecimento de quem sabe e conhece bem sua regionalidade, seu tempo. Em um hibridismo embriagador sol na cara que vinha do lado de fora da janela na Avenida João Pessoa rumo ao litoral.
Conhecer os movimentos passados e contemporâneos é fazer um ritual de guerra para entender o que estamos passando. Valorizar, gritar pelo que é nosso e comemorar essa foça de vida e história é reconhecer que somos mais que tudo isso, apresentar para outro passageiro essas formas de sermos o que somos é o grande diferencial em nosso tempo.
Parei na beira da praia coloquei o fone de ouvido sentei em um quiosque, pedi uma boa Cabidela com bastante molho e cebola. Eu posso até não ser da sua laia, nem uma boa influencia, mas sei o que é bom e verdadeiro.
É nesse coletivo que vou me banhar com todo prazer nas águas de Jampa e entender que o futuro pode vim sim, em melodia autora do litoral ao interior.
Seu Pereira Coletivo 401 é composto pelos músicos;
Jonathas Pereira Falcão é cantor e compositor
Thiago Sombra é baixista
Chico Correa é guitarrista, produtor musical, Dj.
Victor Ramalho é baterista, percussionista
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