Chico Buarque lançou dia 17 passado sua nova música, Que Tal Um Samba? E ficamos cheios de esperanças por mais uma turnê de um dos maiores letristas Sul-americanos. A música ficou disponível em todas as plataformas à zero hora do dia 17, na sexta feira pela manhã tive a surpresa da confirmação de mais uma turnê. Para acompanhar essa nova jornada de Chico, depois de sete longos anos sem pisar nos palcos, já tem local, data e hora marcada. Tempo que se dedicou à literatura escrevendo dois livros, o romance, Essa Gente e o livro de contos Anos de Chumbo.
Que tal um samba? É um lindo sambinha (SAMBA) de verdade e conta com a participação de Hamilton de Holanda. O bandolinista em 2015 lançou um disco em homenagem ao poeta Chico Buarque, intitulado - Samba de Chico, e foi presenteado com um Grammy Latino de música. Que tal um samba? É uma tapa clássica na cara do brasileiro de camisa verde e amarela, é a arte poética exposta em cada vaso sanguíneo dos latinos que tanto lutam contra os fascistas de plantão que surgem de tempos em tempos por aqui. Uma letra cheia de referência, certeira e social. É uma puta composição que remete a todas as outras que Chico já fez. Deixando claro que o poder do compositor nunca morreu, é uma verve poética representada em letras tanto do menino Chico Buarque, passando por Julinho de Adelaide.
Quando Cássia Eller em 2002 no seu DVD ao vivo MTV, depois de cantar de forma primordial Partido Alto (1972), de Chico Buarque, ela falou em tom de brincadeira; “Vocês não sabem, mas Chico Buarque é o meu verdadeiro pai”. Putz! Na hora que escutei isso foi a mesma sensação que tinha no momento e carrego comigo até hoje. Fantasiosa? Sim! E daí? Amor e fantasias são para serem vivenciados. É que Deus é assim mesmo, ele gosta de vê o universo tirando onda com as almas semelhantes, deve rir um bocado com isso...
Pela manhã escutei Calabar um LP de Chico e Ruy Guerra com músicas para a peça teatral do mesmo nome. Calabar, nosso herói, andou muito em terras Agostinianas e essas coisas só me deixam mais perto da obra de Chico e exalta-lo ainda mais por onde quer que ande.
Dia 19 de Junho é aniversário de 78 anos do nosso querido e maior centroavante de todos os tempos. Ele surgiu das mesas de time botão vestindo a camisa nove com orgulho e transformou o Polytheama no maior clube da música brasileira. Jamais trocaria a listra azul celeste e o verde anil pela camisa Amarela de uma seleção cheia de fascistas. Prefiro as letras e os passes de bola bem detalhados, de uma corrida cheia de firula com passes açucarados para o maior líder político de todos os tempos. Sim, o barbudinho já jogou no Polytheama e deixou sua marca com a camisa número 10. Só para deixar claro, o time dos nossos corações tem hino e está invicto há mais de 30 anos.
Chico Buarque já passou de um ser humano à algo mais celeste, é um extraterrestre, um verdadeiro ET. Um dos maiores poetas do mundo é também meu pai, só que vocês nunca irão acreditar nisso. E tudo bem. Faz parte.
Parabéns Painho!
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