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O Som de Madu Ayá Também é do Mundo

Atualizado: 10 de ago. de 2023



Quando as influências são perceptíveis e conectam meu coração a composições belas e cheias de referências.


Hoje em meio a essa danação toda de influenciadores, streamings, dancinhas no tiktok e os inúmeros youtubers o que reina ainda é a música feita com vontade e verdade, seja ela em qualquer vertente que tenha o mínimo de qualidade; desculpe, mas não quero criar muros com a palavra “qualidade”. Devemos construir pontes através da sonoridade que percorre o fio do fone de ouvido e começar a observar o que é verdadeiro dentro do mercado musical nordestino e mundial. Aqui caberia uma bela reflexão, mas vamos deixar para outro momento até por que não dá para fugir do mercado como consumidores. Admirável é quem sabe fazer o trabalho musical e alcançar nossos ouvidos sem enlouquecer com as exigências das redes sociais.


Então, deixa escrever aqui quem presenteia nossos ouvidos com sua verdade musical.


Passeando por Jampa meses atrás vejo um clip na TV local de uma artista chamada Madu Ayá, trabalho bonito, lindo na verdade. O Clipe mostra pontos turísticos desse estado que nós, os Pernambucanos, com toda nossa mania de grandeza amamos. Procurei saber um pouco mais sobre a Madu e a encontrei rapidinho no insta, de lá, fui até o seu canal e com toda sua simpatia ela me devorou na "manha do gato".


Ao escutar “Atrevida” fiquei com uma vontade danada de sair dançando com quem estivesse a minha frente; nesse momento estou escutando e mexendo o corpo de um lado para outro enquanto escrevo.


Lembrei do meu time do coração, o Santa Cruz e deu uma vontade danada de chorar estou até com medo de colocar a camisa para não tropeçar na rua e cair. Ah! Nunca pensei que um dia iria dizer isso; mas tive até a pretensão de comprar uma camisa do Botafogo da Paraíba só por causa da verdade colocada por Madu Ayá quando canta o Hino do Xerife da Nação. E o tricolor que lê agora com repúdio eu diria; respeita a autoridade e a estrela vermelha do Belo. Né não, Madu?


Companheiros não somos mais soberanos o nosso país nordestino tem outros times fora da capital Recife e o santinha meu deus, nem banho de sal grosso dá mais jeito.


Procurando mais sobre Ayá encontrei uma reportagem que fala sobre ela; “O Novo Expoente”. Daí pensei; meu pai, por favor, “me tira deu”, que não aguento ler mais esses clichês sobre nenhum artista do nordeste.


Estamos em um momento de redescobertas, mas a mídia no Nordeste ainda quando vai falar de música, não cansa de falar em “novos expoentes” não tem nada de novo aqui o que existe é talento de dar em doído, antigos ou atuais, por que mesmo com as referências do que escutamos de certa forma transmutamos o que já se foi ouvido em algo bonito simples sem ser repetitivos.


Quando o mídia Nordeste tiver vergonha na cara vai começar a tratar a arte nordestina da forma que ela merece. Isso aqui é um mercado farto que os empresários da música ainda não se ligaram e tenho minhas dúvidas se um dia irão.


Somos capazes de nos surpreender com artistas do calibre de Madu Ayá, Zeca Viana, Potyguara Bardo, Carina Mayara, Sofia França, Flor de Jacinto, Seu Vilela, Lucas do Amaral, Santiago, Dani Carmesim, O Quartinho, Fernando Alakejar e tantos outros que já citados nesse blog. Isso é música nordestina, mas também é world music e escrevo isso sem comparações aos sons que cada um faz e que são verdadeiros.


E pense direitinho quantos desses talentos não tem o acesso aos algoritmos e uma mídia para falar que são novos "expoentes"? É por isso que só escrevo se sinto algo que toca meus ouvidos e o coração é como a canção “Pedaços” de Madu. Essa música e mais um copo de Pitú em um dia de sensibilidade a flor da pele lasca qualquer um.


O Flerte que Madu Ayá anda fazendo entre os sons lembro dum “mói” de coisas das nossas raízes nordestinas Setentistas, o brega dos anos Oitenta, mas também com a tecnologia do final da década dos anos Dois Mil. É como sentir uma brisa de litoral em suas canções.


A poesia de Madu faz com que eu viaje nas emoções de algo que já vivi por ser lembranças que meu coração já devorou em alguma época perdida de minhas caminhadas nas areias de Gaibu.


Então é isso, não sou crítico musical nem tenho essa intenção, deixo aqui o que sinto com trocadilhos de canções que gostei dessa menina que é pura arte e é antenada com seu tempo na medida certa.


Deixo aqui meu recado para que os amigos conheçam o som de Madu Ayá sem ter que deixar que os algoritmos levem, por que aqui, nesse quintal, ela entrou e não é mais visita.


Toma mais de dessa menina:


Deixe seu comentário sobre o som de Madu Ayá.

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