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Foto do escritorAlê Neres

O Som da Bruxa da Manguetown – Carina Mayara

Atualizado: 9 de mar. de 2022


Quando tento desacelerar depois de um dia agitado em tempos de “home office”, tenso por questões familiares, saúde e sobre tudo a política nossa de todos os dia que nos destrói de a cada minuto. Quando penso em parar e olhar ao meu redor, tento agradecer ao cosmo por continuar de mente saudável no meio dessa bagunça astral e política, e aprendendo com toda essa agitação.


Dias assim atribulados que quero escutar uma música para deixar as coisas mais leves fora de uma realidade quimérica. Porque é isso que parece; nunca sentir tanto em minha vida como se vivesse em um país onde a realidade é bizarra, onde tudo parece normal para a grande maioria que já acostumou com o que é errado e duvidoso e tudo isso em nome do senhor. Escutei um amém?


Respirar e entender onde e como estamos é preciso, o tanto quanto, procurar respostas para as ações que foram tomadas durante o dia deixando o corpo relaxar, respirar, fazendo o seu papel de cura, desintoxicando e levando oxigênio a cada molécula; permita-se escutar o som do seu coração.


A energia da música em nosso corpo pode trazer luz, cura e entendimento. E um dos EP que sempre escuto é o “Procuram-se as Flores das Minhas Veias” Que tem uma pegada arretada do entendimento feminino e uma visão poética da artista e do que a cerca, como autora. Estou falando de Carina Mayara. Esse EP me faz desacelerar e meditar, mesmo antes de dormir ou ao acordar para enfrenta a batalha de mais um dia nesse “brazil, varonil que vara, fere e mata mais de mil pessoas por dia”; Desse país que precisamos explicar o óbvio.


Mudar o errado dentro de nós é o primeiro passo para uma vida melhor, um país melhor, mesmo sabendo de toda dificuldade que é dá esse primeiro passo e fazer desse um mundo um ambiente livre de energias negativas e transforma-lo em uma “Outra Terra”. Brinco com Carina falando que ela é a nossa Bruxa da música pernambucana. Por uma série de coisa que me fazem lembrar essas mulheres no meu imaginário consciencioso.


Se a cura para os nossos dias só será alcançado com o Bem Maior, é preciso entender que essa mudança só depende de cada um de nós. Partindo desse princípio busco essa “Outra Terra” dentro de mim.


Acho que já contei por aqui minha ligação com o som de outra Bruxa, a do Pop mundial, a querida Enya. A pegada Celta dela sempre fez vibrar todo meu corpo, mesmo quando não entendia nada das forças dessas ondas sonoras do Xamanismo, que também o cerca com a essência energética das danças nas antigas aldeias dos povos siberianos, Celtas, Espanhóis e porque não Latinos.


Quando eu penso em desacelerar na minha lista de músicas, com toda a certeza, sempre terá lugar para o som de Carina Mayara.


Ela vem com mais uma novidade, o single Outra Terra, e dessa vez com um clipe mágico de lindo que foi filmado em um ambiente que tem certos mistérios que o cerca.


Um pouco de estória para entender a história do Lugar.


O Forte Castelo do Mar, construído em 1630 por um arquiteto militar, Italiano conhecido como Conde de Bagnoli, e Lusos – Brasileiros, ou melhor, pelos escravos e Indígenas; coisas que a história não conta, claro que o pesado era com eles.


A chegada dos Holandeses o nome mudou para Waler Kastell. Isso é outra curiosidade sobre nomes do forte, pode-se encontrar em artigos para mesma estrutura nomes como; Forte do Pontal de Nazaré, pois ele foi edificado no pontal de Nazaré, Cabo de Nazaré e Barra de Suape e por fim o Pontal do Forte Van der Dussen.


Um dos pontos estratégico para ficar “atucaiando” a saída da rapaziada com a carga pesada, o ouro, da cana de açúcar, nossa de cada dia, era por ali que o Ouro Branco, desaguava dos estuários dos Rios Ipojuca e Massangana indo parar nas mesas da Europa, por um preço bem camarada do amigo Nassau. O Forte era a defesa que se tinha na época do pessoal do olho grande.


O lugar possuía três baterias com cinco peças de bronze, totalizando quinze canhões e muitos disparos foram dados e batalhas travadas naquele local. Logo a cima na sobre o pontal Reduto de Nossa Senhora de Nazaré, a conhecida Vila da Nazaré. Os Holandeses ali invadiram, mataram moradores e índios, saquearam a Igreja e decapitaram a Imagem de Nossa Senhora e saíram chutando a cabeça da Santa pela Vila “Nazarena”.


Àquele pedaço de terra tem muitas estórias e outras ruínas que não vou entrar em detalhes aqui, mas que é importante conhecer. Era ali onde tentava curar minhas frustrações, e buscar força, Nazaré é um lugar mágico onde as vibrações sonoras das ondas batendo nas pedras do Cabo causando uma sonoridade em estéreo junto com o cheiro da maresia curam qualquer mal dentro de você.


A visão é de Outra Terra, e Carina com sua busca e sensibilidade de Bruxa achou o lugar certo para o seu clipe, não existe um lugar melhor para representar esse ritual que o Forte Castelo do Mar, no Cabo de Santo Agostinho.


O Clipe de Outra Terra vai te levar a uma viagem astral de um lugar cercado de boas vibrações podendo te fazer entrar em êxtase de tão lindo; é a paisagem junto com a beleza estética dos protagonistas. A nossa Bruxa fez uma parceria linda com a Duo da Sargaço Nightclub, Marcelo e Sofia, sem duvidas a mais querida da cidade.


Foi um verdadeiro ritual de dança nas ondas do mar em terras distantes de Casa. Vibrem com o clipe, a música e busquem a paz interior. Se um dia em Nazaré curei meus sentimentos, você pode também buscar essa cura nesse caldeirão de Carina Mayara a nossa Bruxa da Manguetown.


Comente sobre o som da nossa Bruxa.

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