Escutando a single do Gelo Baiana “O Quintal” apresento meus pensamentos sobre essa área cheia de sinônimos e de significados, não só para mim, mas para o mundo e de quem sabe o que representa essa palavra. Os Belos Gaianos acertaram em cheio.
O Nosso Quintal; Onde se cultua a música, os amores, os brincantes as agremiações, os pífanos outrora marginalizados por terem origens indígenas e negras, negras como nossa pele, negros como os pensamentos de quem os tentam destruir desde sua origem.
Área de discursão social, política, musical de plantar amor, área de leitura, de sonhos, área de escritores e pensadores, área do audiovisual, área de quem quer mudar através do pensamento, através da sensibilidade da arte, área do povo, esse já está pra lá de maltratado e que só quer ter o que lhe é de direito, é simples assim.
Queremos também reviver cada história de nossa terra, queremos cantar nossa aldeia para poder cantar o mundo. Queremos apresentar reinventar cada arte cada artista, divulgar e discutir causando o caos (ou não), o que essa cidade tem de melhor e pior e que não é diferente do resto do mundo.
Queremos ser fortes, políticos no mais pleno sentido da palavra de origem grega e de significado amplo para se organizar, administrar. Queremos sim, mas com calma quando for de se ter calma e força quando for de força.
Somos membros desse povo de origem indígena, negra de varias etnias, não de uma única nação, até por que elas as “nações”, nunca nos olharam com bons olhos sempre foram egoístas, mas juntos somos fortes, unidos somos imbatíveis temos sangue de Caetés, Guaranis, tupinambás, somos também da nação TUPI. Somos filhos da lama do rio Pirapama, do Capibaribe do sangue que ali já escorreu, somos do mangue, das histórias dessa terra, encrostada na sola dos nossos pés nas entranhas das nossas mentes, somos firmemente a solução para tudo isso aqui.
A rapaziada do Gelo Baiano tocou na minha alma com sua sonora, lembrando um passado nem tão distante assim, onde meu Quintal sempre foi e será o meu mundo.