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Almôndegas - Androginismo

Atualizado: 3 de fev. de 2021



Quanto mais o tempo passa me convenço que não existiu uma época tão efervescente, criativa e evolutiva igual a década de 70. Não dá para inúmera o quanto de regras foram quebradas, e quantas bandas surgiram mostrando para o Brasil e o mundo uma nova música de métricas próprias. Delas multiplicaram-se músicos que apresentaram uma carreira solo em dupla, trio, enfim existem umas que perduram até hoje.


São bandas e artistas que influenciaram tantos outros de alguma forma, seja pela sonora poética ou até mesmo na forma de se vestir, se "maquiar" com suas mascaras e posturas. E não falo só das influências dos grupos nacionais em artistas e bandas Brasileiras, falo dessa influência em bandas do mundo inteiro, como os Nortes Americanos que também se encantaram e foram contaminados por algum grupo dos trópicos nacionais. A banda KISS que o diga, ou algumas baladas do The Doors com base na Bossa Nova.


Trago aqui hoje uma das banda que fazem minha cabeça, mas que só conheci através da história musical de Kleiton e Kledir os caras de Pelotas que fazem nossa alegria desde muito tempo.


Seja sincero. Você já ouviu falar na banda Gaúcha Almôndegas? Se a resposta é sim, ótimo recordar é viver. Se a resposta for não. Nunca é tarde para conhecer uma banda que misturava o folclore Gaúcho, MPB e Rock. Tampa de de Crush né não? Pense!


Surgiram com a gravação do primeiro LP em 1975 e lá estavam os irmãos Kleiton e Kledir Ramil mais um primo Pery Souza e os amigos Quico Castro Neves e o Gilnei Silveira. Essa galera só queria se divertir, e um motivo para se encontrar cantando músicas "Ecléticas" e nessa brincadeira ganharam o I Festival Universitário da Música Catarinense, com a canção Vento Negro, mas vou apresentar outra música que me encanta dos Almôndegas.


Androginismo é a música que me deixa besta, por que ela fala muito, em uma época de Ditadura onde não se podia falar sobre alguns assuntos como vocês bem sabem. Isso que é encantador dos anos 70, a inteligência musical. A graça de compor e falar de homossexualidade de uma forma poética, complexa e até divertida de uma exclusão do rapaz que se traveste de mulher.


Kledir Ramel Compositor, anarquista, poeta e músico, ele faz uma coisa linda no final da música. Com uma ironia de poucos, para uma fala de muitos, ele se solidariza com o Rapaz.


Um brinde aos grandes nomes da música popular Brasileira, seja de qualquer lugar desse "b"rasil tão desprezível que estamos vivendo. Espero reviver grandes letras com o peso e a leveza de Androginismo.


E aí, Deu Pra Ti?


Nossa dica linda de hoje: Banda Almôndegas


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